Campo de futebol

Acordei meio cansado, ontem havia sido o ultimo dia de lua cheia e quase me transformei em frente a uma humana. Mas o cansaço não poderia me dominar, consegui um emprego e não poderia decepcionar a escola e nem a mim mesmo. Assim que o despertador tocou sai correndo até minha academia particular, meu plano de primeira aula estava por lá. Ansioso mal esperava para conhecer aqueles jovens alunos da Robert E. Lee High School . Voltei ao meu quarto e me troquei rapidamente com roupas de professor, que era bem simples, uma calça uma blusa, um tênis e peguei também meu apito para ministrar a aula de Educação física que seria bem simples. Chegando lá ainda haviam alguns minutos antes da aula. Observei minha caderneta de anotações e os primeiros alunos começaram a chegar no campo. Assim que fiz a chamada e todos estavam lá comecei minha aula.

- Olá pessoal meu nome é Mattheo Waldorf e serei seu professor de educação física pelo menos esse ano, mas eu espero que isso seja possível por mais tempo. - Olhei para aqueles jovens e acenei a alguns que me cumprimentavam, retomei a aula explicando o que fariam naquele dia .

- Hoje como é o primeiro dia vou pegar leve com vocês, vamos jogar queimada, e a cada um que for sendo queimado irá nos dizer qual esporte de sua preferencia, o esporte mais preferido pela turma será o que vamos focar mais durante o ano. Ensinar-lhes-eis as regras e tudo o que for importante. - pareceram gostar da minha ideia, então dividi a turma em dois grupos e comecei a partida de queimada, cada um que ia saindo do jogo falava sua preferencia enquanto as anotava na caderneta para depois fazer a contagem de votos.

Assim que todos foram queimados, os dispensei pois meu tempo estava terminando. Quando saíram arrumei o campo e comecei as contagens de votos.

ENCERRADO

Primeiro dia de escola, primeira aula .. Educação física !

Estava feliz por aquela ser minha aula de pontapé inicial, pois o professor em questão era um dos meus melhores amigos. Mat, sim ele era muito bom professor. Assim que adentrei o campo de futebol vi ele iniciando a aula então corri para o centro da rodinha que se formará por ali, então ele me viu e acenou me dando boas vindas a sua aula. Como sempre muito calmo e simpático iniciou uma queimada com um proposito dinâmico. Cada pessoa que fosse queimada poderia então dizer sua preferencia de esporte para que ele ministrasse aulas a partir do que a maioria escolhesse.Ele então pegou sua caderneta, separou os os times e iniciou o jogo, meu time começou perdendo mas deu a volta por cima, fui uma das ultimas a ser queimada e minha preferencia, a pesar de eu ser uma garota era futebol. Os meninos do canto ficaram felizes e fizeram uma baderna assim que respondi isso, uns até me olharam de cima abaixo com segundas intenções. fui para o lado de algumas amigas esperando o jogo acabar.Assim que o jogo acabou Mat nos liberou e fomos nos trocar no vestiário pois havíamos suado muito naquela aula e seria impossível assistir a todas as outras daquele jeito.

Corri até o meio do campo, estava cansada, magoada e várias outras sensações ruins. Me permiti cair no gramado de joelhos e comecei a chorar.
Eu não queria mais ficar nessa cidade, agora quem tinha que ir embora daqui era eu. Eu iria embora para qualquer ugar, enfrentaria qualquer pessoa, menos aquele bruxo. Eu o odiava.

Talvez eu deve me render... Não, eu não era desse tipo.
Iria lutar, nada iria acontecer com meus pais. Mas a forma como ele me fez ver era tão aterrorizante. Ainda estava tremendo, assustada com o ocorrido.
Ele pagaria pelo que me fez, eu iria acabar com cada pessoa querida dele. Mas por ora enterrei meu rosto no meu joelho, dava pra sentir o cheiro do gramado. Era tão bom esse cheiro, apenas fiquei ali chorando.

Limpei as lágrimas e o olhei com ódio. O lugar onde estava não era o mesmo, era algo belo e me trazia paz.

- O que você quer de mim? - Perguntei mesmo sabendo a resposta.

Eu vivia fugindo dos outros bruxos, eles queriam meus poderes. Sempre quiseram, nenhum era confiável e esse também não.
Me levantei, estava cheia desse cara. Ele podia estar fingindo, ele adorava isso.

- E pare de usar ilusão! Eu posso te fritar se eu quisesse. - E era verdade. Não entendia o motivo de não ter feito isso desde o começo.

- Você jamais irá conseguir o que quer! - Aos poucos o meu "eu" voltava a realidade. Voltava a ser eu mesma.

Eu o impedi de sair, se ele queria roubar meus poderes eu não o deixaria vivo. Bloqueei sua passagem com o fogo.

- Você nem ao menos está tentando me matar. O que houve? Desistiu de me roubar? - Perguntei com um sorriso malicioso nos lábios.

Me aproximei dele, ficando cara a cara. Eu o enfrentaria e ganharia. Iria sobreviver!

- Ande logo, me ataque, tente me matar! - Estava gritando com ele. Era sempre assim, eu e meus pais. Tínhamos que sempre fugir, era hora de enfrentá-los.

Olhei nos olhos dele, a raiva tinha desaparecido. Havia apenas medo, medo de acabar morta, medo era o que sempre nos rondavam.
Eu estava sendo tola em pensar que aqui seria diferente, que encontraria paz ou amigos de verdade. Eu estava me iludindo. Será que ele estava fazendo isso também? Me iludir?

Ele fez algo que não esperava, ele me abraçou. Fiquei imóvel sem retribuir, mas consegui me acalmar. O que ele tentaria fazer agora?

- Como posso ter certeza? - Me afastei e olhei em seus olhos. Respirei fundo e desfiz o fogo. Eu deveria me desculpar.

- Olha, desculpe ok? Eu errei... - Era embaraçoso.

- Mas se você tentar algo, eu juro que acabo com você! - Eu o alertei e sorri depois.

Estávamos perdendo uma boa festa e ele tinha deixado o par dele para trás.

- Acho que a sua namorada nanica está sentindo sua falta. - Eu ri. Lembrara dele estar conversando com uma garota que parecia ser muito mais nova, idade para ser irmã dele.

Eu não pude deixar de rir. Esse cara acompanho de uma criança, mas foi um ato gentil e bonito, tenho que admitir. Ele me surpreendeu.
Olhei para o braço estendido, o que ele queria agora? Ser meu par? Balancei a cabeça negativamente e segurei em seu braço.
Era estranho me aproximar dele, normalmente eu fugia de caras assim.

- Sou Faye Chamberlain. - Decidi não mentir e nem me esconder. Ele poderia tentar alguma coisa, mas eu estaria sempre preparada.

- E a propósito, nunca, jamais, nem em sonhos faça aquilo novamente. - Ainda estava tentando perdoá-lo por ter me feito chorar. Sorri gentilmente, era algo raro de acontecer isso.

Caminhamos de volta para o baile onde uma garota saia correndo e chorando.

ENCERRADO
Continua no ginásio.

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Agora: Dia 10 de Julho à 12 de Julho Baile de Mascaras.