Evento [Halloween]

Happy Halloween,

Na Robert E. Lee High School, é uma obrigação ter uma festa em comemoração ao Halloween, onde os alunos se encontram a noite e festejam ao melhor estilo e com suas melhores fantasias, vale de tudo, desde fantasias assustadoras, as mais sexys e divertidas.
Chegando na escola, você irá para o ginásio, onde o comitê da escola organizou tudo nos mínimos detalhes para que hajam bebidas o suficiente ( e provavelmente batizada), musica boa, e alguns sustos.
Você pode optar por passar no Túnel do horror, onde você entra, e inúmeros monstros estão lá para te assustar, entre eles está o Drácula, acreditem na ironia, Samara, zumbis, fantasmas e se você conseguir sair de lá sem chorar, pode-se considerar um campeão. Muitos acham bobo a brincadeira, mas sempre, há uma grande fila para entrar no túnel.

Entrem, e divirtam-se, no melhor estilo que o Halloween pode proporcionar. E não se esqueça que a cidade toda está em festa, então, depois da escola, muitos ainda ficam nas ruas, assustando as crianças, e bebendo com amigos

E realmente, se você não sabe que deve tomar cuidado, eu só tenho a dizer-lhe uma coisa: Boa sorte!

( HALLOWEEN )

The Crow Black

|Estava agora hospedado fixamente na cidade, o ambiente do local era perfeito, as pessoas eram interessantes e tudo poderia ficar melhor.
Em alguns dias passava pela rua e viu um cartaz mostrando que na escola da cidade iria ter uma festa de Halloween, talvez fosse ou não, eis que lembrou da ruiva que havia conhecido, das pessoas que o trataram bem, estariam todos lá ou não. Enquanto estava em seu quarto no castelo ele pintava seu rosto conforme a fantasia pedia, a roupa era bem colada, fivelas, correntes e ao se olhar no espelho viu o vingador das noites...
- Agora é só partir pra festa...
Colocou no ombro um pássaro negro de verdade, ele era treinado aos comandos que ele tivera que aprender, um corvo. Descia as escadas e saia pela porta da frente, agora tinha que encontrar a tal escola.

Caminhava pelas ruas, o corvo dava seus berros, era irritante e ao mesmo tempo bem divertido, nunca havia feito uma fantasia tão real. Andava calmamente para não espantar o pássaro negro de seu ombro, observava todas as ruas e então viu uma movimentação começando a se direcionar para um lugar, então era ali.
A decoração da festa estava muito realista, era disso que ele gostava, as pessoas olhavam pra ele com medo da cara de maníaco que parecia ter, Frederik apenas continuou a caminhar em direção ao ginásio do local, viu pessoas conversando, algumas correndo do tal túnel do horror, um sorriso culto e então balançou o ombro e fez o corvo voar dele e ir em direção a armação metálica que ficava no topo, se virou e foi em direção na mesa de bebidas, pegou um copo e encheu de ponche, talvez tivesse que esperar mais um pouco... |

Os dias que se passaram após meu acidente, pareceram ainda mais tediosos do que o habitual em Mystic Falls. Não fiquei mais que dois dias no hospital graças aos constantes feitiços de cura conjurados silenciosamente durante a noite, quando nenhuma enfermeira estava por perto para bisbilhotar. Ainda sentia dores quando me mexia rápido demais, mas nada que não pudesse suportar sem a ajuda de medicamentos ou de auxílio médico. Porém, o que realmente me machucava eram as lembranças frescas da forma como Eva tratou-me enquanto ainda não conseguia me levantar da cama, fora ríspida e mesmo que eu não merecesse um pingo de sua educação, não conseguia deixar de me sentir machucada, muito mais por dentro do que por fora. E mais ainda, não havia conseguido explicar a situação em que me encontrava, Eva precisava saber sobre as visões, sobre meu pai, sobre o vampiro que me levou para o hospital, só que a coragem de procurá-la se esvaia toda vez que me lembrava de como fora fria ao saltar janela à fora, deixando Will pálido por não poder impedi-la, deixando-me estática por não saber direito o que tinha acontecido. – Mikhail... – Sussurrei o nome enquanto deslizava o lápis sobre mais uma das folhas do diário, desenhando os olhos do vampiro, uma das poucas coisas que conseguia me lembrar com clareza. Olhos azuis, profundos e cheios de mistério. Soltei o lápis, bufando nervosa com a situação. Parecia uma adolescente desenhando o namorado no diário, mas na verdade eu não queria me esquecer do rosto dele, precisa saber por que tinha me ajudado e por que tinha me mordido. Toquei o pulso direito com a ponta dos dedos, sentindo o leve relevo quase invisível aos olhos que demarcavam o sinal da mordida. Respirei fundo, agarrando o diário novamente, folheando-o desde o começo, demorando um pouco mais nos desenhos do rosto de Mikhail que ocupavam boa parte das folhas. – Pare! – Hunter gritou em minha cabeça, fazendo-me sobressaltar. Levantei da cama, deixando o diário e tudo o mais que eu estava usando para desenhar. – O que foi? Eu quero saber quem ele é... – Sussurrei um pouco decepcionada com meu pai, que ultimamente estava ficando cada vez mais vivo em minha mente. Dei de ombros, fechando o diário, virando o corpo, ficando de frente para o espelho. – Só espero que não seja como o baile de máscaras. – Apoiei as mãos na cintura, observando meu reflexo. A fantasia de Chucky ficara muito mais sexy do que eu esperava, usava o macacão do boneco em forma de vestido, meias ¾ num tom de vermelho e um par de Converse da mesma cor. O mais impressionante era a semelhança na cor de nossos cabelos, o que me fez abrir um sorriso animado e perverso.

Parei na entrada do colégio, observando o fluxo de pessoas, analisando as fantasias, máscaras, a música e é claro, a decoração, que parecia impecável e muito fiel. Há tempos não participava de uma festa de halloween e estava animada para voltar a ativa. – Olha, é o Chucky! – Virei o rosto e encontrei um grupo de três garotos na faixa de quinze anos, apreciando minha fantasia, engolindo-me com os olhos. – E que Chucky heim... – Revirei os olhos, rindo descontraidamente. Demorei um pouco para entrar, estava absorvendo cada áurea ali dentro, notando a presença de outros bruxos, de vampiros e é claro, de lobisomens. Era de se esperar que uma festa em Mystic Falls, qualquer uma que fosse, estaria repleta de seres sobrenaturais, de confusão e de possíveis mortes. Apertei o cabo da faca entre os dedos, girando-a logo em seguida, colocando-a no bolso da frente do meu vestido. Em passos charmosos, avancei para dentro do colégio, ignorando o túnel do terror, focando a atenção na mesa de bebidas, onde me servi de ponche. Ergui os olhos em direção às velas apagadas que ornamentavam a mesa de bebidas. – Que sem graça... – Fingi-me de desapontada, fixando o olhar nas velas que se acenderam instantaneamente, todas de uma só vez. – Bem melhor. – Sorri torto, dando um grande gole em minha bebida, mexendo o quadril de leve no ritmo das batidas da música que tocava, correndo os olhos pelo local à procura de Eva, William, Hanna e até mesmo de Mikhail. O motivo maior de ir àquela festa era procurá-los e tentar espairecer, mas se alguma confusão rolasse, todos os meus planos seriam completamente arruinados. Precisava saber como Will estava, precisava me aliar à Eva e explicar tudo, perguntar à Hanna sobre o bilhete e questionar Mikhail até não ter mais saliva na boca. Apertei o copo entre os dedos, usando mais força do que devia, mas por sorte, não o destruí. Uma presença próxima à mesa de bebidas chamou minha atenção, parecia familiar, até que o rosto por trás da fantasia de corvo fez um nome piscar em minha cabeça. – Frederik? – Sorri, checando se realmente se tratava do bruxo que conheci no Mystic Grill.

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( HALLOWEEN )

The Crow Black

|O corvo estava observando a festa da armação metálica do ginásio, Frederik estava de olho fixo nele, era engraçado a forma que aquele bicho parecia entender as coisas, de repente ele deu um berro e voltou a planar pelo salão e assim pousava no ombro do mesmo, estranhou aquela cena e foi ai que sentiu uma presença bem próxima dele, tirando essa dúvida foi quando ouviu a voz feminina e doce soar ao lado dele..
- Frederik ?
O bruxo se virou e viu uma jovem ruiva com os cabelos ondulados, com uma roupa bem engraçada, parecia um menino sapeca com aquela vestimenta, eis que quando olhou para ela novamente se surpreendeu, uma risada de canto e se aproximou...
- Jessica ?
Ele ao ficar próximo a outra soltou uma risada simpática..
- Ora...Temos uma boneca assassina a solta?
Estava com o copo de ponche na mão e com o corvo no ombro dele, olhou para o pássaro e logo para a jovem..
- Esse aqui é parte da minha fantasia, meu amigo provisório..
Fez um leve carinho na cabeça do corvo e voltou a fitar seu olho na ruiva. Ela estava tão engraçada com aquela fantasia que chegava ficar sexy.
A musica estava rolando, as pessoas chegavam cada vez mais, só que o mais interessante era que sentia que poderia presenciar ou até mesmo participar de algo que poderia mudar o rumo daquela festa, ele tentaria evitar ao máximo, mas se fosse para acontecer algo, que aconteça... |

Halloween Fest

Estava na hora de mostrar sua fantasia, Michael havia se preparado tanto para aquela festa, se bem que ser um açougueiro cortador de carne humana não iria assustar ninguém. Henri provavelmente não iria reconhecê-lo, mas só na hora iria mostrar sua poker face. Aquela festa iria ser um palco bem aterrorizante, a festa era pra isso, era pra acontecer coisas terríveis, talvez os próprios participantes poderiam protagonizar algumas cenas que para eles fosse até mesmo parte da festa. Sua serra elétrica era de verdade, tinha controle sobre o instrumento, algumas achavam que o barulho era só para assustar, mas outros que se aproximavam via que era de verdade e que talvez a suposta fantasia fosse acabar sendo o verdadeiro serial killer, era engraçado a reação das pessoas, Michael desligava o motor da serra e caminhava de forma grotesca em direção a escola, os flash do strouble o deixava mais enlouquecido para fazer aquele lugar pegar fogo, as trilhas sonoras de terror, os enfeites, tudo parecia tão real, era como se aquele fosse o ponto de encontro dos famosos personagens de terror, na verdade era sim, mas falsos...
Parava de frente a porta da entrada e logo veio um engraçadinho querer brincar com a serra, Michael como estava de máscara não disse nada apenas virou o rosto para o outro que tocava na lâmina da serra.
- Hey mané, liga essa geringonça ai!
Michael se manteve no lugar apenas observando, como queria fazer uma cena real com aquele verme...
- Me ouviu não babaca, liga essa merda!
Ele falava como seu pai, querendo mandar no mesmo, aquilo fez o ódio começar a domar seu ser, mas permaneceu na dele. O garoto jogou o copo fora, estava visivelmente bêbado, ele tocou no braço de Michael e tentou tirar a serra dele foi ai que o mesmo fez uma manobra com o braço e fez o jovem cair, puxou a corda da moto-serra que ligava no mesmo instante, o barulho assustou todos que estavam por perto, pisou firme no tórax do garoto e o fez ficar preso entre ele e o chão, direcionou a moto-serra na cabeça do garoto e foi aproximando lentamente em direção ao pescoço dele, o outro começava a gritar desesperado, pedia socorro, alguns queriam se aproximar da cena para evitar um desastre, mas temiam daquele louco tentar começar a fazer um massacre ali, mas o nome do filme que aquela fantasia protagonizava era "O Massacre da Serra Elétrica", irônico não?
O garoto chorava como uma criança, Michael desligou o aparelho a centímetros do pescoço do garoto que estava quase transparente de medo, saiu de cima dele e foi caminhando em direção a porta da entrada da festa, o garoto estava no chão quase desmaiando, ele estava fantasiado de médico, sua calça estava manchada na parte de baixo, ele havia se mijado, foi aquela distração que fez alguns rirem e outros temerem ao ser que entrava na festa...

"- Dei minha aquecida, agora vamos praticar pra valer..."
O pensamento de Michael fora assustador, mas só ele sabia que para quem estava prestes a encontrar aquilo era um convite para brincar, passando pelos corredores surgiu no centro da festa, viu que ainda estava meio fraco, mas sentiu presenças por perto... Algumas fantasias chamaram sua atenção, Jason Voorhees, Michael Myers, esse por ter o seu primeiro nome deveria ser bem misterioso, não escolheu aquela fantasia por dois motivos, seu nome e por ele ser um personagem vingativo, Michael não se sentia um ser vingativo, apenas queria ser realista...
Chucky estava ali também junto ao corvo, nossa interessante as fantasias, mas o foco verdadeiro foi no Jason, será que alguém tão imbecil iria vir com a fantasia com o mesmo nome?
Dentro da máscara Michael riu e esperou mais alguns personagens aparecer, queria poder fazer uma convenção e ainda faltava muita gente...

TAGGED:Jason Kylle, Alex Sullyvan, Frederik Slaint e Jessica CraigdalleTAG: Nobody | THEME: From Yesterday - 30 Second to Mars | NOTES: Vamos aquecer os motores...?|

A risada do rapaz fantasiado de Corvo comprovou minhas especulações. Era mesmo Frederik. Mas, ao invés de cumprimentá-lo de imediato, travei como um boneco sem vida, olhando-o nos olhos. Lembrava-me bem de como havia sido mal educada no Grill, estava preocupada com pessoas que nem se quer gostavam da minha presença e tratei-o de uma forma que eu não estava acostumada a tratar as pessoas. Pisquei várias vezes, dando um sorriso rápido e fraco no canto dos lábios vermelhos antes de beber mais um pouco do ponche. – Eu não sou assassina, só mato por diversão. – Respondi no mesmo tom de humor que o bruxo usara comigo, e só quando o pássaro negro fez um barulho estranho é que notei sua presença no ombro de Frederik. Uma risada surpresa me escapou, coloquei o copo sobre a mesa e avancei um passo em direção ao bruxo, analisando a fantasia e também o pássaro. – Legal... Corvos são pássaros interessantes e assustadores. – Concluí como se falasse comigo mesma, mas as palavras foram direcionadas a Frederik. Respirei fundo, balançando o corpo de leve no ritmo da música que tocava, desviando o olhar para os jovens fantasiados que transitavam ao nosso redor, animados, cantando e dançando, imitando os personagens de suas respectivas fantasias, algumas brutais, aterrorizantes, outras sexys e engraçadas. Fique de olhos abertos, qualquer sinal de confusão fuja!, fiz uma nota mental em pensamento, voltando o olhar para o bruxo à minha frente. – Gostaria de dançar comigo Senhor Corvo? – Fiz uma breve reverência à Frederik, sorrindo torto, esperando um sim como resposta. Já que estava na festa, poderia pelo menos tentar me divertir e esquecer por algum tempo dos problemas que vinham aumentando cada dia mais, deixando-me sem saídas para fugir. Não! Você nunca fugiu de problemas Jess, vai enfrentá-los de cabeça erguida., segurei a mão de Frederik e o puxei com cuidado para a pista de dança, nos juntando com outro grupo que se mexia animadamente. Comecei a me mover também em passos improvisados, porém que resultaram em uma dança gostosa e original.

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Halloween Fest

O fato ocorrido a uns minutos atrás o deixava com gosto de ser o que ele era, bem maquiavélico, Michael chamou a atenção de algumas pessoas com sua serra elétrica de verdade, ele não ligava, começou a se infiltrar pelos presentes até ser empurrado de forma proposital por um ser vestido de Michael Myers, sim foi ali que teve a certeza, ficou a observar o outro vagar pelo corredor todo enfeitado e dar umas duas viradas para ver se o mesmo estava o seguindo, naquela altura do campeonato o hibrido teria voado em cima do pescoço do maldito lobo e quebrado ele, mas preferiu ir para o reservado, já havia dado seu primeiro show, fora bem ralé, mas valeu como um aperitivo de entrada para a curtição...
Deu meia volta e foi caminhando pela mesma direção que o outro caminhou, rastejava a ponta da serra pelo chão fazendo um rastro de arranhado pelo piso do corredor, seria aquele o momento de terminar tudo que tinha que terminar, aliás, já estava terminado mesmo...
Virando o corredor parou, o outro estava virado na direção de Michael, muito irônico, Michael olhando para Michael, mas naquele momento era Jason olhando para seu passado perseguidor. Não quis exitar e ficou por ali alguns minutos, colocou o aparelho esquartejador encostado na parede e foi em direção ao outro, estalava os dedos e colocou a mão na aba da máscara e a puxou, revelava sua verdadeira face. Encarou o outro e cruzou os braços, pouco se preocupava com o que viria dele, apenas deixou que a situação rolasse.
- Agora vejo que você veio atrás de mim...Jay!
Permaneceu a encara-lo, esperava ele tirar a máscara e encara-lo feito o homem que o agrediu na outra festa.
- E, espero que seu assunto seja importante, pois tenho outros bem mais interessantes que o nosso.
Michael queria apenas saber o que o outro queria falar agora, o mínimo seria se desculpar pela grosseria da festa passada.

TAGGED:Alex Sullyvan, Jason KylleTAG: Alex Sullyvan | THEME: From Yesterday - 30 Second to Mars | NOTES: Revelações...|

Hide the scars to fade away the shake up!

I don't think you trust in my self righteous suicide. I cry when angels deserve to die!

Acordou no meio da noite, com o gosto dos lábios de Will em sua boca, ele estava em seus sonhos novamente, perturbando-a como vinha fazendo em todas as noites, desde a ultima vez que o vira. Voltou a deitar, afundando o rosto delicado no travesseiro, caindo em um novo sono sem sonhos. Horas depois, encarava seu reflexo pálido na penteadeira. Os cabelos cor de âmbar estavam presos em um coque disciplinado, expondo seu rosto de boneca com bochechas rosadas e lábios rubros. Estava linda, mas sentia-se morta, ainda remoendo as memórias do sonho que tivera aquela noite. Era estúpido, não devia e nem podia pensar em Will, estaria lhe fazendo um favor se nunca mais o visse, mas quanto mais tentava afastá-lo de sua mente, mais as lembranças do beijo pareciam grudar na parede interna de seu cérebro. Balançou a cabeça, tentando afastar aquelas perturbações ao concentrar-se no contorno dos lábios, prolongados pelo desenho de costuras que tinha feito, até o meio de suas bochechas. Não era tão fácil assim, a verdade era que, muito além dos sonhos, desde a noite no hospital, Eva vinha sentindo uma estranha presença a rondar, como um frio na barriga, uma espécie de aviso tentando alcançá-la, mas nunca conseguindo. Mais de uma vez pensara ouvir o vento sussurrar em seu ouvido. – Procure Jessica – as palavras vibravam e Eva as ignorava sem cerimônias.

Evitara fortes emoções depois da noite no hospital. Depois de chegar à pensão, tinha passado a noite inteira em claro, atormentada pelos olhos de Will e as memórias de Jason, o abraço apertado de Hanna, a risada maligna de Michael, o aperto da mão de Jessica e o nome... Mikhail. Quando o sol do dia seguinte raiava, a bruxa ainda vestia as roupas da noite passada, com o perfume do humano impregnado em sua pele, empoleirada em seu lugar favorito na janela, assistindo o dia nascer com profundas olheiras no rosto pálido de porcelana, decidida a nunca mais se expor daquela forma. Não vira nenhum deles depois daquele dia, tinha escolhido observar sem ser vista, assistindo o movimento da cidade de longe, enquanto esperava pelo momento certo. A única coisa que sabia era que Michael continuava a solta, o hibrido saberia onde estava seu pai e isso bastava para Eva. A garota agarrava-se a uma ultima esperança ali, mesmo que algo dentro de si tentasse avisá-la de que nada era o que parecia. Terminou os retoques da maquiagem, a sua palidez usual acentuava as marcas de costura que tinham sido desenhadas ao redor dos pulsos, descendo pelas pernas, no pescoço e na boca. Olhou-se no espelho depois de prender a peruca ruiva no lugar das mexas cor de âmbar de sempre. A boneca Sally criava vida nos traços delicados de Eva, em suas botas de combate e vestido remendado. Passou os dedos por seus novos cabelos flamejantes, inquieta. Já não podia continuar enrolando, era hora de ir e encarar seus pesadelos.

Não conhecia a cidade tão bem, mais um passo depois do outro, suas pernas guiaram-na até a escola movimentada e logo o barulho alto da musica despertara Eva de seus devaneios. A garota apertou sua faca, que carregava a mão, antes de escondê-la dentro da bota, como sempre. Respirou fundo, adentrando a festa, esperando que aquela não acabasse sendo tão catastrófica quanto a ultima. A batida da musica vibrava a atmosfera, eram tantas essências em um lugar só que deixavam-na tonta, rodando em círculos, cercada por mascaras, quando havia um só rosto que precisava encontrar. O Nothus estava ali, Eva sentia sua energia no ar como sentia o vento bater em seu rosto e acabou encontrando-o, a metros de distancia, mascarado como sempre, mas a fachada da mascara remendada conseguia sem menos cruel do que o rosto que escondia. O Nothus não notara sua presença, distraído com a provocação de outro mascarado. Um bruxo, eva vincou o cenho, talvez mais uma das varias marionetes de Michael. Podia segui-lo, mas não parecia ser a hora certa, de alguma forma. Eva virou-se, voltando a desaparecer entre a multidão dançante. Tudo em seu tempo, Michael, pensou. Espere, vai ver.

Algo dentro de Eva parecia gritar para que continuasse a seguir. Como se procurasse por algo, sem saber o que era, foi se enfiando mais e mais, desviando de todos que dançavam animadamente até dar de cara com um corvo. Um corvo de verdade, ralhando no ombro de um homem robusto, coberto de preto dos pés a cabeça. Piscou algumas vezes, surpresa por ver o animal ali, até perceber que o homem de preto vinha acompanhado, e não era qualquer companhia. Eva perdeu a fala, encarando Jessica. A ruiva vinha vestida com um macacão de ar travesso, uma copia adorável do boneco macabro sucesso de bilheteria, Chucky. – Você... – tentou encontrar a voz, mas as palavras entalavam na garganta. Odiava ser pega de surpresa, mas algo em Eva parecia saber que cedo ou tarde aquele encontro seria inevitável. Parte de si, a bem da verdade, sorrira ao ver Jessica, de sua forma fria e morta.

tagged: William. Jessica. Michael. Frederik. Hanna. soundtrack: The Cake – Short Skirt/Long Jacket vestindo: Ta na ass

( HALLOWEEN )

The Crow Black

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Citação :

- Eu não sou assassina, só mato por diversão

Girou os olhos e riu.
- Ah sim! É divertido matar pessoas...
Ele riu novamente.

Citação :

– Legal... Corvos são pássaros interessantes e assustadores.

O bruxo sentiu ela começar a se afetar a ele, Frederik também estava, a aproximação dela o deixou mais confortável no ambiente, permaneceu no lugar quando novamente o pássaro fez um barulho, ele estava incomodado com a movimentação, Frederik se aproximou do bicho e acariciou o topo da cabeça dele tentando apartar o medo do animal, mas não teve sucesso, falou uma palavra baixo e logo o corvo levantou voo, foi para a armação metálica do ginásio que ficava no teto e ali paralisou observando todos da festa.
Frederik olhou para o corvo lá no alto e logo para Jessica rindo de forma constrangedora.
- Mas...Não são tão amigáveis assim...Rs.
O papo estava tão gostoso que esqueceu de tudo e todos, a atenção era só pra ruiva ali, eis que de repente ela lhe fazia um convite..

Citação :

– Gostaria de dançar comigo Senhor Corvo?

Ele ficou congelado, não era muito de dançar, olhou para o centro do salão e viu as pessoas dando o melhor de si para mostrar uma boa coreografia, voltou a fitar para Jessica quando sentiu ela pegar na mão dele e o carregar para a pista, já estava preso mesmo... A bruxa sabia como mostrar um passo impecável, ele dava umas balançadas de um lado a outro e soltava uma risada, balançava a cabeça negativamente e parava de dançar.
- Eu não sei dançar !
Ficou vendo ela se divertir e o fazer se mover colocando as mãos dela na cintura dele fazendo-o se mover. Pela desistência ele se sentiu na obrigação de dançar, foi o que fez, mas era uma obrigação bem divertida.
Enquanto se distraiam uma energia meio estranha carregou o local, Frederik olhou para os lados e eis que surge uma bruxa com aparência meiga, sua fantasia era bem caracterizada nos sentimentos que ela estava guardando, a aparência enrustida dela o fez acordar, ele por mais que fosse novo sabia guardar imagem da pessoa só de vista, Frederik parou e apontou para a jovem recém chegada e se curvou falando com Jessica...
- Não é sua amiga daquela dia no Grill?
Perguntou olhando para a outra. |

©blood

is just like the fucking hell, where we'll all go someday.

Frederik não era um dançarino muito habilidoso, até arriscou uns passos engraçados, mas não conseguia me acompanhar, é claro que não, uma bruxa que gostava de dançar não podia ser superada por ninguém. A não ser por uma boneca que anda e fala com nome de Sally, ou Eva, para os mais íntimos. Reconheceria aquela áurea mesmo que tivesse o dobro de pessoas ao redor, e o sorriso frio sempre seria o mesmo, não? Minha dança simplesmente travou, como se tivessem apertado o pause no meu mais novo corpo de boneco, meus olhos estavam fixos em Eva e meu cérebro se esforçava para que eu me movesse em sua direção e explicasse de uma só vez. – Jessica, precisa mostrar a Eva o que você viu! – Hunter sussurrou ao pé do eu ouvido, fazendo os cabelos de minha nuca se encrespar. Tinha certeza que tinha perdido boa parte da cor do rosto naquele encontro totalmente inesperado, e a tontura veio logo em seguida, fazendo-me agarrar os ombros de Frederik para não ir ao chão como um Chucky sem vida. – Não é sua amiga daquela dia no Grill? – O bruxo curvou-se em minha direção, fazendo a pergunta, olhando de soslaio para uma Eva ruiva que ainda mantinha o sorriso morto nos lábios de boneca. – Eu não tenho amigos. Ela não é minha amiga. – Doeu dizer aquilo. Resisti a todos os sussurros de Hunter que vieram em seguida, fechando os olhos e afastando-me de Frederik com sutileza. Só então tive consciência de minhas palavras “eu não tenho amigos”, olhei fixamente nos olhos do bruxo, pedindo desculpas. Frederik sempre fora gentil desde que nos conhecemos, e eu bruta demais, não conseguia responder às suas expectativas de uma forma boa. Alguém esbarrou-se em mim, depois no Corvo e em Sally. Segui a garota vestida de boneca até encostar-se na parede, estava visivelmente tonta, abatida. Era uma bruxa como Eva, a água brilhava em seus olhos cor de oceano. Desviei o olhar para Frederik. – Espere aqui, prometo que é só um segundo. – Respirei fundo e segurei o rosto do bruxo, selando rapidamente nossos lábios antes de me afastar e avançar em direção a Eva.

Devia ter sido mais delicada, mais educada, porém, o buraco cheio de amargura que se abriu em mim desde o dia que ela se foi pela janela do hospital, estava aumentando de proporção quanto mais eu me aproximava. Não disse nada, não esbocei raiva, mas mantinha o olhar triste no rosto, Eva devia saber melhor do que ninguém o que eu sentia. Agarrei as mãos da bruxa e um clarão em minha mente deixou ambas tontas, mas continuei com a conexão. Um trovão, seguido de novos clarões e berros, misturaram-se com a cena em que fui atropelada pela Mercedes preta, nesse meio tempo, as imagens que vi em minha inconsciência, de Hanna lendo o bilhete, de Will e Eva no quarto do hospital, das três sombras demoníacas chegando à Mystic Falls ficaram expostas para que a bruxa entendesse, os pedidos de meu pai para que eu a procurasse e por fim, a cena mais sombria de todas, o vampiro erguendo-me do chão e carregando-me para um lago. Os olhos azuis do rapaz loiro, por algum tempo, foram o foco de todas as imagens, e o único som que se podia ouvir era o de água e o martelar do meu coração, em seguida veio a dor no pulso, a queimação, o sangue. Então, tudo misturou-se novamente numa bola de gritos, claridade e trovões no momento em que acordei no hospital, segurando a mão de Eva, o nome do vampiro ainda ecoando em minha cabeça. Mais imagens escaparam, era meu diário aberto sobre meu colo nas páginas onde o rosto de Mikhail estava desenhado. – Vocês estão em perigo! Unam-se! – Hunter ordenou em sua voz grave e forte, fazendo-me soltar as mãos de Eva rapidamente, cambaleando para trás. Bati as costas no peito de Fredrik e encolhi-me, trêmula, com os olhos marejados por ter que mostrar tudo àquilo de uma vez. Sentia medo como nunca senti antes, e sentia também que estava colocando todos em perigo. Não sabia o que fazer, ir embora, tentar curtir a festa ou vegetar no meio de toda aquela gente. Em passos rápidos, afastei-me de todos eles, correndo em direção ao banheiro feminino. Já tinha me afastado quando choquei-me contra alguém, um rapaz trajando uma capa negra, alto e forte, ergui o rosto e encontrei os olhos azuis de Mikhail. – Olá Jessica – Ele sorriu, segurando meus ombros. Cheiro de morte. Meu corpo tremeu, olhei para trás nervosa, procurando por alguém, mas quando meus olhos encontraram Frederik e Eva, o aperto nos ombros não existia mais. Mikhail se fora. Levei a mão à cabeça, olhando em volta, começando a acreditar que minha imaginação estava me pregando peças. – Droga... – Sussurrei ainda trêmula, encolhendo-me ao lembrar do toque gelado nos ombros.


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