Mystic Grill

Number 1 is Perry Groves!

Number 2 is Perry Groves!

Foi um jogo incrível de encher os olhos, ele ficou com Kaen em seu colo a maioria, Kaen claro é o border collie de Elka, e por sua vez Elka é a senhora muito malandra com quem ele havia apostado que o Arsenal venceria, o time não podia deixar aquela chance passar estava em quinto na Premier League e uma vitória o colocaria em terceiro, considerando que os dois acima dele na tabela, haviam perdido. Eletrizante até o último minuto, ele ficou com o coração na mão, esqueceu-se até do copo de chá gelado que tinha preparado para beber assistindo o jogo. Logo no início o City abriu o placar com Agüero e continuou fazendo pressão, aos 22 minutos ampliou a vantagem e a partir daí o jogo ficou toma lá da cá, mas claro o Arsenal sempre sofrendo mais. Quando chegou o intervalo ele podia sentir o coração quase saltar pela boca, ele não era inglês, mas o Arsenal era seu time de coração, ele era um Gooner acima da razão. No caminho ao Grill lembrava-se de cada instante, o segundo tempo veio, e o Manchester City dominava, até uma boa jogada de Theo Walcott culminar num gol na raça do Van Persie. Ele tinha pulado naquela hora, Kaen até tinha tomado um susto, mas a resposta veio em seguida, Arshavin empatou com um golaço de fora da grande área e nos acréscimos virou com um chute no ângulo, uma vitória suada e de virada.

- There is a team called the Arsenal! The greatest of them all! - cantarolava enquanto passava pelas portas do Grill. Tinha um sorriso bobo estampado na cara, como uma criança que ganha um doce num dia chuvoso. - And we will always support you. Whether you rise or fall, or fall! And we'll drink, drink together. In praise of the AFC! - curiosamente ele distribuía abraços pra qualquer um que viesse em sua frente, era um vitória memorável que deveria ser comemorada da forma devida, iria beber naquela noite, beber muito. - And we’ll drink, drink, drink together. In praise of the AFC. Fulham can stay at the Cottage. Southampton can stay at the Dell! - ainda cantarolava. Sua roupa era simples, nada além do cabelo loiro bagunçado. A camisa do arsenal número 23, do responsável pela virada o russo Andrey Arshavin, e um jeans qualquer com um par de tenis que não merece ser descrito, nada demais, a camisa era o manto que ele vestia. - And as for Tottenham Hotspur! They can go to hell, to hell! And we'll drink, drink together. In praise of the AFC! And we’ll drink, drink, drink together. In praise of the AFC! - terminava a canção sentando-se num dos bancos frente ao galpão. Olhou para os lados, onde havia uma jovem moça sentada, sorriu para ela e logo disse ao garçom. - Garçom traga uma cerveja para mim e para a jovem dama no meu lado. Hoje é noite de comemorar! - era mais do que claro que ele estava exaltado de felicidade.

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Number 3 is Perry Groves!

Number 4 is Perry Groves!

Ria mais um pouco ao ver a resposta da garota, estava exaltado, cada célula de seu corpo vibrava pela emoção da partida, fora algo histórico, algo animador ao extremo. Era uma sensação indescritível de se sentir demasiadamente bem, com uma aura descontraída e infectante. - Foi um jogo fantástico, você tinha que ter visto!! - dizia enquanto o garçom trazia as cervejas colocando as duas garrafas bem em frente à ambos. Se ele já estava emocionado com aquilo, contar seria melhor ainda. - Começamos perdendo, empatamos no segundo tempo e viramos o placar a nosso favor nos acréscimos. Sério, eu teria beijado a bunda de alguém para estar naquele estádio e ter assistido aquele jogo. Cara... - perdia-se em meio à suas palavras de tanto feliz que encontrava-se, estava agitado. Parecia exatamente uma criança com um brinquedo novo, não um qualquer, mas o brinquedo dos sonhos. - Mas então, deve ser meio estranho um maluco qualquer sentar-se ao seu lado e puxar assunto sobre um jogo de futebol não é?! - dizia abrindo um sorriso de canto no rosto enquanto a fitava e levava a garrafa à boca para os primeiros goles na cerveja.

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Number 5 is Perry Groves!

News Informations, stop the music!

Ainda estava em seu estado de exaltação total quando colocou a garrafa sobre o balcão e recuperou o fôlego, teria tanto para contar, mas decidiu mentalmente que talvez ela não precisasse ouvir suas baboseiras sobre futebol, ou mesmo que ela não o quisesse fazê-lo. Lembrou-se de experiências passadas quando tentava conversar sobre futebol com mulheres, e de certo não eram boas lembranças, afinal, tudo se resumia com olhares de descontentamento e murmúrios de insatisfação. Congelou por alguns segundos se lembrando disso, e logo bebeu mais dois goles da garrafa, colocando-a sobre o balcão novamente, ainda pela metade. A jovem lhe extendera uma foto de duas pessoas, um nítido casal. - Não me são estranhos... - brandou pegando a foto e levando-a até frente ao rosto. Encarou por alguns segundos e forçou os olhos, até lembre-se de certa ocasião no passado, a qual, já nos EUA, seu irmão havia lhe alertado sobre uma espécie de crimes estranhos. Baseados no fato de que comparar seu irmão à Hitler é brincadeira de criança, a maioria das coisas entrou num ouvido e saiu no outro, mas algumas informações se mantiveram firmes por entre os neurônios dele. Tudo isso o levava à outro pensamento, afinal, ele havio sido ordenado pelo irmão e os mais experientes da alcatéia, para averiguar o caso, e claro, manter a paz e o sigilo onde quer que o vampiro faminto estivesse, caso necessário deveria matá-lo, mas a ordem inicial era apenas um susto. -Esse casal não é os que foram atacados por um rato voador dos infernos? - indagava até perceber que na história original, havia sido um animal, e claramente 'rato voador' faz alusão a algo muito menos animalesco e bem mais sombrio do que um predador cuja a lógica se faz ciente. Tinha falado besteira e demais, no entanto ainda estava contente pelo resultado do Arsenal e pouco se importou para aquilo, ela deveria ser uma humana comum, apenas perdendo tempo em um bar, e no máximo o acharia um grosso e sairia de perto dele, ou estaria errado. - Acho que me certifiquei com meus próprios olhos que esse tipo de ameaça não estivesse mais rondando a cidade. - desta vez, ele lembrava-se de um certo encontro nada casual e amigável com um vampiro suspeito de ter feito tal crime. Ele não o matou, mas digamos que, deu um susto digno de fazê-lo correr para as montanhas com as calças molhas.

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News From The Front

Say more words...

Mais alguns goles até se acalmar um pouco mais, já estava o suficiente e sua cerveja estava acabando, deveria ter somente uns 30% de líquido dentro da garrafa, ou uma porcentagem que se aproxime disso. Por um lado a jovem parecia ter entendido o apelido dado aos vampiros, e talvez tivesse gostado do que ele falou sobre ter controlado a situação, mas quem dera fosse tão simples. Segundo às regras à quais ele sempre viveu e se submeteu, lobisomens servem à Gaia, e por isso devem proteger tanto os humanos quanto o próprio planeta, tudo muito bem certo e coerente dentro do que chamam de 'ciclo sem fim'; vampiros por estarem mortos e terem voltado à vida, são naturalmente inimigos de tudo aquilo que os lobisomens apoiam e a Mãe ensina, mas uma vez que estes não burlem à regra, os mesmo não devem ser caçados. É algo complicado, ainda mais para um lobo que não é desgarrado, e nasceu sob a lua cheia num dos clãs menos flexíveis, os Garras Vermelhas. - John, John Terry. - respondera apresentando-se ainda com algo em mente. Provavelmente ele ainda tinha coisas demais à fazer, e seu irmão ou pai lhe dariam mais e mais missões, afinal, ele era o guerreiro do clã, o lobo que nasce sob a lua cheia, cujo destino é ser o soldado de frente das tropas de Gaia, o guerreiro que deve expalhar dor e temor aqueles que fezem frente contra a Mãe criadora de tudo. Esperou que a mesma segurasse sua mão, cumprimentando-o, para só enfim colocar as duas debruçadas sobre o balcão. -Então, tô por aqui à algum tempo e não me lembro de tê-la visto, é nova na cidade, ou só veio para a temporada de caça? - o que ele dizia com temporada de caça, foram os eventos numa festa que ocorreu na cidade, onde supostamente, um bruxo teria lançado uma magia sobre os vampiros no local para que todos eles se tornassem ariscos o bastante para cederem à sede insaciável de sangue e atacar tudo vivo que encontrassem pela frente.

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The End

Tomorrow The Show Begins

Por fim ele virava a garrafa, John carregava tanta merda consigo que talvez só abaixo de tudo aquilo ainda restasse algo que ele poderia chamar de sua essência, claro que qualquer adolescente enfreta seus problemas, mas digamos que os problemas dele e suas responsabilidades iam muito mais do que cuidar do irmão mais novo, limpar a casa e tirar boas notas, aquilo era o de menos. O líquido escorreu por sua gargante resfrescando o caminho que começa em sua língua e termina em seu estômago. O aviso dela lhe pareceu bem claro, então quer dizer que a humana era um tanto diferente do comum.- Caçar lobos?! Não se caça os predadores... - dizia num tom mais descontraído abrindo um sorriso largo para disfarçar a carga da fala. Ele carregava muita merda consigo, e já tinha passado por muitas de forma imensurável, mas enquanto seu coração, alma e propósito permanecessem em Gaia ele continuaria triunfando sobre cada oponente, e se por ventura um dia viesse à ruir, ele saberia que a morte não era nada mais que a hora em que todo ser vivo volta ao leito da Mãe Terra.

Pegou o cartão da jovem e o guardou no bolso do jeans, enquanto acompanhou suas últimas falas e sua saída apenas com os olhos. - Hotel né?! Não vou me esquecer, não se preocupe senhorita Winchester, amanhã no baile eles terão um bom cão de guarda. - mais uma vez soltava algumas palavras com um sentido escondido, já estava ficando bom nisso. Pediu mais umas duas cervejas e acabou pagando uma rodada para todos que estavam no Grill, até subir no balcão e começar a cantar Eton Boating Song e She Wore a Yellow Ribon, todas músicas da torcida do Arsenal. Quando acordou ainda era de noite, e apesar da dor de cabeça e o desconforto estomacal, ele saiu com ajuda de mais dois desconhecidos que haviam acompanhado a bebedeira e todo o resto.

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END ~

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O último bar quando fecha de manhã<

Só me lembra que eu não tenho aonde ir

Definitivamente, as coisas pareciam acontecer de forma para que nunca lhe favorecessem, se antes tinha ído à escola para ajudar na confecção do cenário para o tal baile que parecia nunca chegar, agora afogava-se em mais questões que não eram nada humildes em invadir seus neurônios. Fora isso era somente o problema típico, seu irmão lhe ligando da Dinamarca atrás de atualizações frequentes e quase sempre lhe mandando exterminar determinado vampiro ou humano, claro que com o passar do tempo ele começou a ignorar certas ligações. Não queria virar um tipo de O Exterminador do Futuro, apesar de ter total convicção de suas obrigações sendo um Garra Vermelha.

Ainda vestia uma camiseta regata vermelha e os mesmos jeans ou tenis de instantes atrás a única diferença foi que ele desistiu de arrumar os cabelos uma vez que o vento não parava de bagunçá-los constantemente. Entrou no Grill sem pestanejar e de cabeça baixa, e pela primeira vez na vida, não avistou nenhuma garota para azarar ou no mínimo flertar, sua cabeça parecia divagar num universo de 'n' possibilidades. Decidiu por fim sentar-se ao lado de uma jovem mulher de traços orientais. - Uma cerveja. - disse ao garçom até pelo trazer uma garrafa. A abriu com os dentes e sentou-se de costas para a mesa equilibrando-se na cadeira com os cotovelos apoiados na mesma mesa em que ela se encontrava. Sentiu o cheiro de verbena e wolfsbane, tomou um gole de cerveja até dizer. - Sabe que isso não vai te proteger de todos né?! - dizia encarando-a de rabo de olho - Digo, alguns vampiros ou lobisomens são fortes à ponto de mostrar resistência à essas ervas.

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O último bar quando fecha de manhã<

Só me lembra que eu não tenho aonde ir PT2

Abriu um sorriso quando viu que a mesma se interessava, então ela gostava de 'monstros', que comédia, deveria ela saber que falava com um? Esperou o garçom trazer as outras duas cervejas para só então pagar-lhe com algumas moedas, deu de ombros para ela. - Que espécie de homem eu seria se deixasse uma mulher pagar a conta? - falou num tom meio seco enquanto pegava uma das cervejas e a abria usando os caninos um pouco maiores para os de um ser humano comum, mas claro era algo quase que imperceptível. - Morar aqui? Bem dizemos que essa cidade e o epicentro de um furacão desses peidos do capeta. Eles não moram aqui, provavelmente, irão dominar essa cidade... - comentou tomando mais alguns goles até encarar-lhe esperando alguma reação.

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O último bar quando fecha de manhã<

Só me lembra que eu não tenho aonde ir PT3

Arregalou os olhos ainda meio pensativo. Ainda existia aquele tipo de pessoas que não fossem parentes? Parentes para lobisomens de clã, como ele, são naturalmente o que a palavra quer dizer. Significa familiares e até amigos ou apenas aliados humanos de lobisomens que receberam a missão de também lutar contra toda aquele negritude que assola o mundo, seguindo fielmente as regras da Mãe. Para ele outra coisa restritamente proibida seria um lobo procriar ou simplesmente manter relações sexuais com outro lobo, para o meio a qual foi criado aquelo era quase uma heresia, digna de pena e exclusão, daí outra funcionalidade dos parentes. Mesmo assim preferiu deixar de lado aqueles pensamentos que o remetiam sobre seus limtes. - Conhecer? Eu não diria simplesmente isso, acho que seria algo como conviver e entender alguns... - fez questão de não deixar claro de qual raça falara, e assim que terminou a frase deu mais alguns goles na cerveja.

- Sua irmã? Tem uma irmã nessa cidade? Qual o nome? - perguntava virando-se para mesa e sentando-se corretamente sob a cadeira, mas ainda assim permanecendo debruçado na mesa, só que dessa vez, de frente. - Acho vampiros meio patéticos sabe? Pense que tudo nesse mundo segue um ciclo, e os vampiros o quebram enganando a morte e se alimentando do sangue de vivos, é meio forçado. Lobisomens me dão mais medo, tem todo aquele rolo de bestialidade e fúria pulsante neles, mas não duvido que algum bem treinando não consiga se controlar ou acelerar a transformação. - queria testar a garota, e era claro que ele falaria bem de sua raça. Deixou a garrafa com cereja, ainda pela metade, de lado, apoiou os cotovelos na mesa entrelaçando os dedos frente ao rosto enquanto fitava seus olhos. Ele estava nada tipicamente calmo e pensativo.

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O último bar quando fecha de manhã<

Só me lembra que eu não tenho aonde ir PT4

Era engraçado, pois cada instante que passava, cada palavra que ela falava, ele parecia ficar mais interessado na conversa, como se a cada som que saísse de sua boca uma forte correnteza o levasse para longe. Perguntava-se até que ponto conseguiria esconder seu pequeno desejo sobre o que verdadeiramente era, mas em sua atual posição, estava escondendo tudo muito bem. - Definitivamente, não acredito em contos de fada. - comentou assim que ela disse algo sobre o mesmo. Quando ainda vivia na Dinamarca tinha muito pouco tempo para ser si mesmo, os rituais, reuniões, caçadas e outros serviços da alcatéia quase sempre ocupavam seu tempo, isso quando não era obrigado à estudar ou ficava sob a tutela do irmão mais velho, o pai era mais um fantasma que uma lenda.

- Katie Winchester... - repetiu forçando-se a pensar bem no nome, tinha certeza já tê-lo visto em algum local. Foi aí que sacou de um dos bolsos do jeans um pequeno cartão com tal nome, um telefone e o endereço do hotel da cidade. Então a mulher que conhecera em outro evento era a irmã dela, interessante, mas preferiu esconder o jogo. - John Terry. - respondeu informando seu nome quando ela tomava a palavra novamente apontando para a própria cabeça. Começou a dizer coisas sobre a bestialidade de um lobisomem ser uma opção e pela escolha de matar ou não ser apenas um reflexo de sua fraqueza ou força sob si mesmo. Arqueou uma das sombrancelhas enquanto a encarava, ele era a prova viva que não era tão fácil. Lembrou-se por alguns segundos de sua primeira transformação, e mesmo tendo sido ensinado pelo irmão de nada adiantou, perdue a consciência de seus atos e matou 5 pessoas numa só noite, destruindo uma família inteira. Acordou nú sob dois cadáveres dentro da casa das vítimas, e pouco se lembrava do ocorrido, o auto controle que tinha hoje era reflexo de treinos incessantes buscando fortalecer-se mentalmente e espiritualmente. A gnose, ou aquela fúria monstruosa dos lobos não é algo fácil de se explicar. Naquele forma eles são guiados pelos instintos e assim como ele, muitos só tomam conhecimentos de seus atos quando voltam a ser humanos. - Definitivamente, não é tão fácil. Penso que a metamoforse pela qual os lobisomens passam seja monstruosa demais até para eles. As primeiras transformações devem ser mais tortura do que liberdade, não culpo um homem que transformou-se e acabou tirando a vida de inocentes, mas dado esse primeiro assassinato acho que é a hora de começar a treinar para controlar-se. Deve ser algo difícil e vagaroso, por isso não é tão fácil, um moleque de 13 anos que se transforma pela primeira vez definitivamente, não tem controle algum de si mesmo quando deixa de ser humano para tornar-se besta. - lembrava-se de si mesmo no exemplo, quando foi sua primeira transformação? Devia ter sido naquela mesma idade...

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O último bar quando fecha de manhã<

Só me lembra que eu não tenho aonde ir PT5

Só então ele notava que ainda havia cerveja em sua garrafa, levou os olhos ao vidro revestido e a pegou sem pensar duas vezes, despejando mais certa quantidade do líquido alcóolido em suas boca, garganta e por aí vai. - Não, acho que não to lembrando dessa sua irmã, mas do modo que você diz, ela parece ser bem mais barra pesada que você. - comentava lembrando-se da figura. Se tudo estivesse okay e sua sanidade mental ainda estivesse lá, a irmã dela seria uma caçadora, isso, era a caçadora que ele conheceu no dia da virada épica do Arsenal sobre o Manchester City. Aquela mulher sem dúvida parecia forte, mas talvez não forte o bastante para deixar de ser humana.

O assunto sobre lobisomens voltava e por um momento ele sorriu, um sorriso de forma sincera e logo em seguida abaixou a cabeça passando a mão pelo rosto e logo em seguida sobre os fios de cabelo loiro, ajudando apenas a bagunçá-los ainda mais. - Duvido muito que todos os lobisomens andem em alcatéia, que isso, vivemos o filme Anjos da Noite por acaso? - mais um sorriso enquanto fazia menção ao filme de título original Underworld, que caracterizava personagens ficctícios que travavam uma guerra entre lobisomens e vampiros pela humanidade. Sem dúvida um filme deveras engraçado, pela que ele só assistiu ao primeiro e ainda assim muito mal, lembrava-se de ter dormido durante quase 1/3 do filme. - No geral acho que, toda essa coisinha de vampiros tá se tornando legal. Adolescentes sem personalidade pensam em se tornar um ou mesmo 'amar' um, não estou defendendo os lobisomens, só acho que cada um tem seu papel. - da onde diabos foi que saiu aquilo? Nem parecia ele falando, tava mais para as frases dos anciões de sua alcatéia ou mesmo de seu irmão querendo lhe dar lição de moral. Terminou a cerveja e rejeitou uma terceira.

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Só me lembra que eu não tenho aonde ir PT6

Depois de certo tempo de conversa ela parecia ter deixado claro seu ponto de vista, do mesmo jeito que ele. Parou para pensar algum tempo, e ela parecia cada vez mais chegar perto da tal verdade. Quando a mulher o perguntou se ele era um daqueles, como chamavam mesmo, 'desgarrados', sentiu certa vonte de contar-lher tudo. Desgarrado ele? Depois que vampiros decidiram atacar sua casa a alcatéia achou melhor enviá-lo para Mystic Falls, a cidade na entrada a direita de onde Judas perdeu as botas. Ele nunca trairia sua alcatéia, sua tribo ou mesmo Gaia, a Mãe protetora de todos, mas claro, não ia abrir o jogo, ainda tinha suas cartas na manga. Sorriu batendo palmas, mas logo vez um movimento indicativo balançando o dedo indicador para um lado e para o outro. - Como é que um lindo e sexy jovem estudante como eu pode ser algo assim? - dizia ao tentar fazer uma espécie de piada, estava muito mais calma que o normal, mas ainda assim tinha que ser ele mesmo, e esperava que o comentário a afastasse da ideia dele ser um lobisomen.

- Só acho que não se pode aprender nada de uma Lição que não venha acompanhada de uma dor, já que não se pode conseguir nada sem um sacrifício. Mas quando se aguenta essa dor, quando supera essa dor, as pessoas ganham um coração tão forte que passam a não perder nada jamais...Um coração tão forte quanto o aço. - não precisa dizer mais, aquilo já estava de bom tamanho.

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O último bar quando fecha de manhã<

Só me lembra que eu não tenho aonde ir PT7

Olha então alguém andou fazendo bem o dever de casa. Segurou o riso e levou uma das mãos frente a boca, tudo bem, dançaria conforme a música dela, mas daria seur próprios passos, estava longe de assumir o que era para a mulher, mas quem disse que ele não poderia resistir um pouquinho mais. - Discordo, eu caço as mesmas coisas que você, onde eu moro deve ter quase uma plantação inteira dessas ervas, acho que cresci me familiarizando com essas coisas, então pode ter certeza, eu conseguiria sentir o cheiro de verbena ou wolfsbane mesmo que você estivesse muito mais longe que isso. - dizia a verdade em partes. Realmente tinha alguns sentidos mais apurados que os humanos, como o olfato, mas ainda não era nada que pudesse lhe acusá-lo.

- Ué, o que tem demais? Preferia que eu fosse uma daquelas adolescentes histéricas que grita e chora toda vez que pensa em vampiros boa pinta e amáveis carregando-as nos braços. - riu tentando se imaginar naquela cena, que coisa repulsiva, mas altamente engraçada. - Na maioria das lendas o lobisomen é o 7º filho de uma linhagem de 6 mulheres, e a primeira transformação sempre ocorre com 13 anos. Ao menos era isso que estava nos livros de história e lendas que eu li... - de certo aquela foi uma boa jogada, então vamos mover a torre para frente, fazer o bispo comer o cavalo, e a rainha trucidade a torre adversária. Você está em xeque, mova seu rei por favor.

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